Histórias para quem gosta de contar – AMEI, Marília
Marília, uma bela cidade na região centro-oeste do estado de São Paulo. São 230 mil habitantes, muitos deles descendentes de portugueses, italianos e japoneses (você pode até comprar jornal em japonês).
A noite a cidade tem cheiro de bolo de chocolate, devido as indústrias de alimentos. Eu amo Marília, e de lá, quero falar da AMEI – Associação Marilense de Esportes Inclusivos.
A AMEI é uma fábrica. Uma fábrica de campeões do esporte de inclusão. Na pequena AMEI, podemos a qualquer dia encontrar com o Daniel, campeão e recordista mundial e olímpico dos 400 metros rasos; com a Alana, deficiente visual que é atualmente vice-campeã mundial no judô e tantos outros campeões da natação, atletismo e outras modalidades.
Mas, todo dia podemos encontrar duas figuras espetaculares: o Celso (técnico e fundador da AMEI) e o Levi. Eles são a alma, o rosto e o coração da AMEI. Aprendi com eles a olhar as pessoas por dentro e acreditar no potencial de cada um.
O Celso e o Levi são escultores, são como Michelângelo esculpindo uma obra de arte onde antes se via uma pedra. Eles revelam pessoas.
Recentemente, conheci a Beatriz de Souza. Beatriz é estudante de fisioterapia, tem sequela de mielomeningocele e hidrocefalia. Treina natação diariamente e participa de diversas competições regionais e estaduais. Ela quer estudar para poder cuidar das pessoas.
Isso é transformar vidas, e como costuma dizer o Levi: “quem tem fome, tem pressa”.
Que Deus vos abençoe, AMEI.